Há cinco anos, em 26 de fevereiro de 2020, foi confirmado o primeiro caso de covid-19 no Brasil: um homem de 61 anos, que havia viajado para a Itália e estava em atendimento desde o dia 24 no Hospital Israelita Albert Einstein. Ele sobreviveu. Em São Paulo, a equipe do Einstein já estava se preparando há alguns dias, assim como as equipes de outros grandes hospitais do país. Àquela altura dos acontecimentos no Brasil, todos os serviços de saúde e toda a sociedade já estavam esperando o primeiro caso aparecer.
Qualquer paciente que chegava ao serviço de emergência com sintomas de síndrome gripal era automaticamente colocado sob suspeita de covid-19. No caso do primeiro paciente com sintomas da doença, especificamente por ter vindo de uma região que, naquele momento, estava em franca epidemia, que era o norte da Itália, a suspeita foi muito forte. O caso foi notificado pela instituição às autoridades sanitárias no dia 25 de fevereiro, uma terça-feira de carnaval, com a folia lotando as ruas das principais capitais. “A confirmação foi feita pelo Ministério da Saúde, em uma entrevista coletiva sem distanciamento ou máscaras, no dia 26. O então ministro Luiz Henrique Mandetta garantiu, segundo texto da própria pasta, que “a população brasileira teria todas as informações necessárias para que cada um tomasse suas precauções, que são cuidados com a higiene e etiqueta respiratória, como lavar as mãos e o rosto com água e sabão. Este é um hábito importante e higiênico para evitar não só doenças respiratórias como outras doenças de circuito oral”. As medidas, como se soube poucas semanas depois, eram ineficientes.
No Brasil, além do paciente atendido no Einstein, outros casos eram investigados: “Até esta quarta-feira (26), 20 casos suspeitos de infecção pelo coronavírus são monitorados pelo Ministério da Saúde em sete estados do país (PB, PE, ES, MG, RJ, SP e SC). Nesta quarta-feira (26), o Brasil registrou o primeiro caso de coronavírus, em São Paulo. Ao todo, 59 casos suspeitos já haviam sido descartados após exames laboratoriais apresentarem resultados negativos para o coronavírus”, explicava um release do dia 26/02/2020, do Ministério da Saúde.
A escalada de casos e mortes e a demora de decretos federais de restrição de circulação foram decisivos para a interiorização dos casos que levaram a cerca de 700 mil mortes no país, durante o governo Jair Bolsonaro, e aproximadamente 7 milhões em todo o planeta.
LINHARES REGISTROU PRIMEIRO CASO EM MARÇO E PRIMEIRA MORTE EM ABRIL
Em Linhares, o primeiro caso de transmissão do coronavírus foi constatado no dia 14 de março de 2020. A vítima era cunhado de um homem que veio da Inglaterra e que foi diagnosticado com a doença enquanto visitava parentes em Vila Velha.
Já o primeiro óbito pela doença foi registrado no dia 9 de abril. Jocival Marchiori, de 55 anos, estava internado há mais de uma semana em estado grave, na UTI do Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, onde não resistiu e morreu.
O LEGADO DO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA
Não podemos deixar que o sofrimento de tantas pessoas que perderam familiares e amigos e fingir que tudo voltou à normalidade. A realidade é que a doença ainda mata e provoca milhares de internações em UTIs. Por isso, manter o esquema vacinal em dia é a melhor forma de prevenir o agravamento de infecções e óbitos.
No ano passado, o Brasil registrou quase 6 mil mortes por covid-19.
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