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Especialista chama atenção para a importância da ‘hora de ouro’ no desenvolvimento do bebê

Newborn baby on her mothers arms, looking away and studying outward things, faceless mum with child indoor, cute infant with mum.

A primeira hora de vida é um dos momentos mais importantes para o desenvolvimento da criança. A chamada “hora de ouro” representa a primeira hora da mãe com o seu recém-nascido após os nove meses de expectativa. Esse é um dos momentos mais esperados entre mamãe e bebê e se faz muito importante por toda a vida.

“O cuidado neonatal para o recém-nascido, tanto de parto normal ou cesárea, precisa ser feito de maneira humanizada. Você tem a ‘hora de ouro’, o cuidado com a amamentação, o contato precoce com a mãe, a amamentação ainda na sala de parto. Vários estudos vêm mostrando que o maior contato com mãe é importante para o resto da vida do bebê”, revela a pediatra e coordenadora da Utin da Maternidade Unimed Vitória, Iria Giacomin.

Segundo a especialista, a “hora de ouro” é importante para a parte emotiva do recém-nascido, para a colonização da sua flora intestinal e para a amamentação na primeira hora de vida. “Aquele bebê que consegue mamar nessa primeira hora é mais eficaz no processo de amamentação e ainda protege a mãe de hemorragia pós-parto, além de uma série de outros benefícios”.

Para o recém-nascido, o contato com a mãe no aconchego de seus braços, sentir seu cheiro e seus batimentos cardíacos o ajudam na transição do útero para o mundo externo, ambientes tão distintos. Nesse momento em que o corpo da mãe passa por mudanças, o instinto de cuidar e proteger é despertado. O vínculo é estabelecido pelo tato e afeto. Por isso, os bebês saudáveis são colocados sobre o peito da mãe em seguida do nascimento.

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Humanização

Um olhar mais humanizado no acolhimento da mãe e da criança tem sido praticado com base no programa nacional Parto Adequado. A aplicação da atenção humanizada ao bebê vem alterando procedimentos do pós-nascimento, como a concepção do banho do bebê, que agora somente é dado depois de 24 horas de vida. “A criança não é mais pesada na primeira hora, assim como não passamos a sonda orogástrica neste momento. Temos toda uma mudança na consciência do pediatra dentro dos conceitos da humanização e isso tem trazido bastante retornos muito bons, as mães ficam muito satisfeitas”, detalha Iria.

A Maternidade Unimed faz parte do programa Parto Adequado, uma parceria da Agência Nacional de Saúde Suplementa (ANS) com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI) que visa identificar modelos inovadores de atenção ao parto e nascimento, que valorizem o parto normal e reduzam o percentual de cesarianas sem indicação clínica na saúde suplementar. O propósito é oferecer às mulheres e aos bebês o cuidado certo, na hora certa, ao longo da gestação, durante todo o trabalho de parto e pós-parto.

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