No Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado nesta quinta-feira (29/08), a Fundação do Câncer e outras entidades de saúde intensificam as campanhas contra o uso de cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes ou pods. O consumo desses dispositivos aumentou 600% no mundo nos últimos seis anos, atingindo principalmente jovens de 15 a 24 anos, segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
A Fundação do Câncer, em parceria com a Anup Social e outras organizações, lançou o Movimento VapeOFF, que visa conscientizar sobre os perigos dos cigarros eletrônicos, especialmente entre adolescentes e jovens adultos. A campanha inclui videoaulas, depoimentos de personalidades e materiais educativos que serão distribuídos em escolas e universidades de todo o Brasil.
O diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, destacou que o objetivo é alertar a população, sobretudo os jovens, sobre os riscos desses produtos. “Queremos mostrar os malefícios do consumo de cigarros eletrônicos e incentivar professores a discutir o tema nas salas de aula”, afirmou.
Além disso, um novo levantamento da Fundação do Câncer revelou que, embora a mortalidade por câncer de pulmão tenha diminuído entre os homens no Brasil, ela aumentou entre as mulheres, refletindo um crescimento tardio no hábito de fumar. O estudo também indicou que mais de 20% dos jovens estudantes já experimentaram o vape, um dado preocupante para os especialistas.
A campanha VapeOFF conta ainda com o apoio de empresas como Ecoponte e Onbus, que veicularão as mensagens de conscientização em suas plataformas. As entidades envolvidas defendem a manutenção da proibição da comercialização de cigarros eletrônicos pela Anvisa e alertam sobre os riscos de projetos de lei que buscam liberar esses produtos no país.
A luta contra o tabagismo continua a ser um desafio, especialmente com a popularização dos vapes entre os jovens. As entidades envolvidas no Dia Nacional de Combate ao Fumo esperam que as ações de conscientização ajudem a reduzir o impacto desse novo inimigo da saúde pública.
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