Em reunião realizada na terça-feira (04/06), na Procuradoria-Geral de Justiça, sede do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), em Vitória, a AECOM, auditoria independente contratada a partir de Termo firmado com o Ministério Público, apresentou o relatório da situação da barragem construída no Rio Pequeno, em Linhares, após o desastre ambiental no Rio Doce em 2015. Segundo o relatório, elaborado pela empresa TEMAG, a pedido da AECOM, os moradores da Avenida Beira Rio podem retornar às residências, desde que a Fundação Renova realize obras de reforço no barramento do Rio Pequeno e alargue o canal, de modo a manter o nível da Lagoa Juparanã abaixo de 10 metros.
Hoje, o nível da lagoa está em 7,4 metros. De acordo com o estudo apresentado, o nível abaixo de 10 metros não ofereceria risco de desmoronamento da barragem e possibilitaria a permanência dos moradores nas residências. As obras têm de ser feitas durante o período de seca na região, que vai até outubro.
Com base na apresentação do relatório da TEMAG, o MPES, ao final da reunião, concedeu prazo até sexta-feira (07/06) para que a Fundação Renova apresente a proposta de como será efetivado o retorno com segurança dos moradores às residências.
Em paralelo, a AECOM recomendou que a Renova contrate da TEMAG os projetos e estudos da solução definitiva para a barragem no Rio Pequeno. “O que almejamos é saber qual a solução definitiva e mais ambientalmente adequada para o caso. Trabalhamos nesse sentido”, salientou a promotora de Justiça do Meio Ambiente de Linhares e coordenadora do Grupo de Trabalho para a Recuperação do Rio Doce (GTRD) do MPES, Mônica Bermudes Medina Pretti.