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Desvende dez mitos e verdades sobre a alimentação

Antigas crendices propagadas de geração em geração estão um pouco distantes da realidade quando o assunto é nutrição. De alimentos que fazem milagres para a saúde aos que podem até matar, a lista de mitos é extensa. Manga com leite faz mal? Comer abacaxi após as refeições ajuda a emagrecer? E a beterraba acaba com a anemia?

Na busca por uma dieta saudável ou soluções rápidas para resolver problemas de saúde muitos ainda acreditam em informações falsas que surgem pela internet, e desta forma, os mitos se propagam. Para ajudar a esclarecer algumas dúvidas comuns, fizemos uma lista com dez mitos e verdades sobre a nutrição para acabar de vez com as dúvidas e se alimentar corretamente.

10 mitos e verdades sobre a nutrição:

01 – Manga com leite faz mal?

MITO. Essa história surgiu na época da escravidão. Os senhores de engenho preocupados em diminuir o consumo de leite por parte dos escravos e conhecedores da grande quantidade de manga que os escravos consumiam devido à fartura dessa fruta, diziam que comer manga e tomar leite poderia até causar a morte. Essa foi à maneira que encontraram para diminuir o consumo de leite pelos escravos. Os dois alimentos formam, na verdade, uma combinação bastante saudável. Vão bem em vitaminas, sorvetes, entre outras combinações! Mas fique atento caso seja diabético, já que a manga tem um teor elevado de frutose.

02 – Comer abacaxi após as refeições ajuda a emagrecer?

MITO. Não é que o abacaxi ajude a emagrecer. A fruta é rica em vitamina C e ajuda na absorção de outras vitaminas e tem uma enzima, a bromelina que ajuda na digestão. É uma boa ideia consumir depois de uma comida mais pesada. Apesar disso, não auxilia no processo de emagrecimento!

03 – Suco de beterraba acaba com a anemia?

MITO. Uma xícara de beterraba ralada possui apenas 0,8mg de ferro não hemínico (precisa sofrer ativação no organismo para ser aproveitado). Já um bife pequeno tem, em média, 7,5mg de ferro e um bife de fígado tem em média 8,5mg de ferro. Lembrando que o ferro presente nos alimentos de origem animal é mais facilmente aproveitado pelo organismo.

04 – Pão integral em vez de pão branco ajuda a emagrecer?

MITO. Se for escolher entre o pão integral ou o branco, prefira o integral. Ambos têm a mesma quantidade de calorias, ao contrário do que muitos acreditam, mas a vantagem é que o integral apresenta mais fibras e micronutrientes. As fibras contribuem para a saciedade e melhoram o funcionamento do intestino. É sempre bom observar que às vezes compramos um pão achando que é integral e não é. Fique atento sempre aos cinco primeiros ingredientes da tabela nutricional, visto que mostram o que há mais no produto.

05 – Ovo aumenta o colesterol?

MITO. O ovo, por conter em sua gema aproximadamente 213mg de colesterol, foi considerado um vilão da dieta e sua recomendação foi limitada durante muito tempo. Hoje, muitos estudos demonstram uma relação inversa entre o consumo de ovo e aumento de colesterol e ainda enfatizam os benefícios que podem trazer à saúde, entre eles memória, capacidade cognitiva e formação de novos neurônios. Entretanto, prefira o ovo cozido ou poché.

06 – Vinho tinto faz bem ao coração e o vinho branco não?

VERDADE. A diferença entre o vinho tinto e o vinho branco é que o tinto é preparado com a casca da uva e o branco não. Os compostos fenólicos são substâncias antioxidantes presentes na casca, por essa razão, somente os vinhos tintos são ricos nesses compostos e, consequentemente, fazem bem ao coração. Os antioxidantes presentes na uva têm o papel de melhorar a função endotelial, induzir a dilatação das artérias e inibir a oxidação do colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade). É importante salientar que, apesar do vinho tinto ser recomendado para prevenção de doenças cardiovasculares, seu consumo deve ser moderado e feito sob a supervisão e orientação de nutricionista ou médico.

07 – O chocolate pode causar espinhas?

MITO. O chocolate não causa acne. O que pode ocasionar a acne é o aumento na produção de sebo causado pela elevação de hormônios sexuais, principalmente na adolescência. O aumento desses hormônios pode estar ligado a questões emocionais. Muitas vezes acaba-se consumindo uma grande quantidade de chocolate, para tentar amenizar um estado de ansiedade ou de tensão. Além do mais, pesquisas comprovam que o chocolate amargo é rico em flavonoides, que podem auxiliar no combate ao envelhecimento da célula.

08 – Muito café causa gastrite?

MITO. Não há evidência de que o consumo moderado de café, por indivíduos saudáveis, seja prejudicial. Existem, no entanto, alguns subgrupos da população que são mais sensíveis aos efeitos da cafeína e, nestes casos, o consumo do café deve ser evitado. Mesmo não sendo o causados da gastrite, a orientação aos pacientes que têm gastrite é tentar reduzir o consumo do café. Normalmente são pacientes mais ansiosos e tendem a beber mais café. O ideal é limitar-se a uma xícara.

09 – Comer antes de deitar engorda?

MITO. O ganho de peso não se dá com o ato de comer antes de dormir, mas sim com a quantidade de calorias ingeridas durante o dia. E ir para a cama com fome por ter ingerido poucas calorias durante o dia aumenta o tempo em que o corpo ficará em jejum e desacelera o metabolismo, evitando a perda de peso. À noite as pessoas tendem a comer um pouco mais, principalmente em home office, quando acabam se alimentando mal durante o dia e sentem muita fome à noite.

10 – Ter uma alimentação rica em fibras auxilia no emagrecimento?

ANÚNCIO

VERDADE. A alimentação rica em fibras ajuda a saciar, ajuda a controlar as calorias e favorece a saúde em geral, portanto, pode prevenir ou auxiliar em tratamentos para a perda de peso. Esses alimentos estimulam a mastigação, que exerce um efeito direto sobre o hipotálamo, produzindo sensação de saciedade, o que diminui a ingestão de outros alimentos. As fibras também auxiliam no funcionamento intestinal e podem interferir no tempo de absorção de nutrientes, especialmente gorduras e açúcares. A indicação é sempre consumir fibras como chia, aveia, linhaça, frutas e arroz integral, por exemplo.

Fonte: Nutricionista Natalia Shiramata e Hospital Albert Einstein.

 

 

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