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CPI da Câmara aponta negligência de servidores no caso da enfermeira que dirigiu ambulância

O que era para ser apenas uma ação heroica pode se transformar em desvio de conduta entre funcionários que prestam serviço para o HGL de Linhares. No dia 4 de junho deste ano, a noticia de uma enfermeira, que teve que dirigir uma ambulância para salvar um paciente ganhou as manchetes de jornais, no Espírito Santo e fora dele. O caso se transformou numa Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) instaurada pela Comissão de finanças, economia, orçamento, fiscalização e controle da Câmara Municipal. Os trabalhos foram conduzidos pelo vereador Jean Menezes.

O objetivo da CPI foi o de realizar uma investigação sobre a falta do condutor da ambulância e o por quê uma técnica em enfermagem dirigiu uma unidade móvel sem qualquer treinamento. O resultado da CPI doi divulgado nesta quarta-feira (15) e apontou que em vez de irresponsabilidade do Município houve uma ação orquestrada por funcionários que resultou na falta do motorista. De acordo com relatos apurados no decorrer das investigações, um paciente apresentou quadro  clinico grave e precisava ser levado para o hospital Rio Doce.

O problema relatado, na época, era a remoção do paciente. De acordo com informações, o HGL não tinha motorista para conduzir a unidade móvel de saúde. Até que uma técnica em enfermagem, Pabliane Ferreira, teria se prontificado a conduzir o paciente até a unidade. Neste mesmo intervalo de tempo, conforme áudios apresentados durante uma coletiva de imprensa realizada pela Câmara, um motorista da Central de Ambulância havia sido acionado e já estava acionado na rampa de emergência do HGL para remover o paciente.

Citando nomes, o vereador disse que a coordenadora de Enfermagem do HGL, Carolina Alves Macedo Silva, dispensou este motorista enviado pela Central de Ambulâncias da Prefeitura. Sidicley do Nascimento, que era motorista plantonista do dia se ausentou do hospital para tomar banho em casa. A investigação relatou que outro motorista de ambulância, Laudecir Luiz Barcellos, estava na unidade, mas alegou problemas de saúde, portanto, impróprio para dirigir, apresentando na ocasião receituário médico e tomografia computadorizada.

Foi através dessa situação que a técnica em enfermagem foi utilizada como motorista para a remoção mesmo tendo alertado aos superiores que não possuía carteira para este fim. Para o vereador Jean Menezes, a construção da história revela, na verdade imprudência na tomada de decisões que não ficarão impunes. Para a nossa reportagem, ele disse que vai pedir ao executivo que abra um processo administrativo para responsabilizar os funcionários. O resultado da CPI, ainda de acordo com ele, será enviado para o Ministério Público do Espírito Santo e para o Core, o Conselho Regional de Enfermagem no Estado.

OUTRO LADO

Os funcionários citados pelo vereador foram procurados por nossa reportagem: a coordenadora de enfermagem, Carolina Alves Macedo Silva, os motoristas Sidicley do Nascimento, Laudecir Barcellos e a Técnica em enfermagem, Pabliane Ferreira, afirmaram que vão aguardar as notificações para se manifestarem.

PREFEITURA

A Prefeitura de Linhares também foi procurada por nsosa reportagem e informou que já existe uma sindicância interna, de número 10721/2018, que apura os fatos e poderá identificar possíveis responsáveis. O departamento jurídico do HGL já enviou o resultado da CPI da Câmara para ser anexado a esta sindicância.

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