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Churrasco e festa junina: cuidado com queimaduras precisa ser redobrado

Imagem - Internet

Você sabia que em época de festa junina o número de pacientes queimados aumenta consideravelmente? Mas fogueira, balão e rojão são só alguns perigos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que cerca de 180 mil pessoas morrem por ano em consequência de queimaduras. Na maior parte das vezes, os riscos estão no ambiente familiar: cozinha, tomada, churrasqueira e combustíveis armazenados em casa.

De acordo com o médico Ariosto Santos, cirurgião plástico do Vitória Apart Hospital, a maior parte dos acidentes com queimaduras são previsíveis e evitáveis. “78% das queimaduras ocorrem dentro de casa, e 40% das vítimas são crianças. A gente não pode perder de vista o cuidado: manter álcool e demais combustíveis em local alto e seguro, atenção com as panelas no fogão, com a churrasqueira. Lugar de criança não é na cozinha. E nessa época de festa junina, onde o número de pacientes queimados aumenta muito, evitar soltar rojão com mão (usar sempre uma haste), pular fogueira e soltar balão. Tudo isso são motivos de acidentes muito graves e que podem facilmente ser evitados”, alerta.

 Álcool não combina com churrasqueira

 Recentemente, uma influencer capixaba sofreu queimaduras graves após o fogo de uma churrasqueira se alastrar durante uma confraternização em Marilândia, no Noroeste do Espírito Santo. O acidente aconteceu depois de usarem álcool para acender a churrasqueira. 

 “Existem produtos próprios para acender churrasqueira, vendidos no supermercado. Não use álcool. No meio do churrasco a brasa diminui e as pessoas costumam tentar reacender a churrasqueira jogando álcool. A chama segue o fluxo do álcool que está sendo jogado e explode a garrafa de álcool afetando todos que estão ao redor da churrasqueira”, explica Ariosto.

 Primeiros socorros

 Em situações mais graves, na tentativa desesperada de apagar o fogo e acabar com a dor, as pessoas tendem a se jogar na água. Mas essa, nem sempre é a atitude mais correta. 

 “A água de uma lagoa, rio ou piscina não é pura e pode infectar, contaminar, a ferida. Esse tipo de água tem muita impureza, germes que entram com muita facilidade na nossa pele. O ideal é lavar com água corrente da torneira, cobrir a ferida com um pano limpo e procurar socorro imediatamente no ambiente hospitalar. Se possível, onde exista um cirurgião plástico e um centro de tratamento de queimados, porque a pessoa vai ter uma orientação muito melhor”, orienta.

 Não passe nada sobre a queimadura. Essa é outra recomendação muito importante para evitar a contaminação da ferida. “Não se deve usar sobre a queimadura produtos como borra de café, óleo, manteiga, azeite, maionese, pasta de dente. Isso realmente tira a dor imediatamente, mas quando chegar no hospital vai ter que ser removido o produto e a pele vai sair junto”, afirma o cirurgião plástico.

 Centro de Tratamento de Queimados 

 O Vitória Apart Hospital é referência no tratamento de queimaduras há mais de 20 anos, sendo o único hospital privado do Espírito Santo a contar com um Centro de Tratamento de Queimados (CTQ).

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“O hospital foi programado para isso desde a sua inauguração, tanto que a parte de oxigenoterapia hiperbárica (tratamento com oxigênio puro indicado para essas situações) fica no mesmo pavimento do CTQ, para que todos os queimados tenham acesso mais facilmente ao tratamento. Tem uma estrutura bastante eficiente, com isolamento do paciente queimado dentro do CTQ. Além do paciente tomar anestesia, fazer todos os curativos sem precisar se deslocar, a maioria dos pacientes tem que passar pela câmara hiperbárica e o hospital tem uma estrutura muito boa nesse sentido”, conclui o médico.

 

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