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CASO JOAQUIM E KAUÃ – Audiência do dia 12 é cancelada

A audiência de instrução que aconteceria no próximo dia 12, realizada sobre as mortes dos irmãos Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Salles Alves, de 3 anos, no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares, foi cancelada pela Justiça. O fato foi motivado pela desistência, por parte da defesa da pastora Juliana Salles, de sete testemunhas.

A advogada da pastora manteve os depoimentos de apenas três testemunhas, que vão ser ouvidas no próximo dia 19, às 9 horas. Para a mesma data também está previsto a realização dos interrogatórios de Juliana e de seu marido, Georgeval Salles Alves, conhecido como pastor George. Os dois são réus em um processo onde foram acusados de mataram as crianças Joaquim e Kauã em um incêndio criminoso.

Procurada, a advogada Milena Freire, que representa Juliana, confirmou o pedido de retirada das testemunhas que seriam ouvidas na próxima audiência. “Quando nós cumprimos o prazo para defesa prévia, nós não tivemos tempo de verificar todos os pontos do processo. As provas produzidas até agora estão totalmente benéficas para a Juliana e por isso só mantivemos as testemunhas que possuem algum ponto específico para esclarecer e que ainda não foram esclarecidos”, explica.

Já o advogado Síderson Vitorino, que representa a família do pai de Kauã e atua como assistente de acusação, disse que a desistência das testemunhas enfraquece a defesa. “A defesa já está enfraquecida. As testemunhas de defesa quando são levadas à audiência são questionadas também pelos advogados de acusação, e essas perguntas enfraquecem cada vez mais a defesa de Georgeval e Juliana”, comenta.

AUDIÊNCIAS

A última audiência de instrução aconteceu no dia 5 de fevereiro e durou cerca de sete horas. Foi marcada pelo choro dos acusados e pelo pedido de prisão de uma das testemunhas, acusada na ocasião de fraude processual. Segundo informações apuradas pela reportagem, durante o depoimento, a testemunha, que não falava a verdade, decidiu voltar atrás e contar o que realmente sabia. Não se sabe se este fator teria levado a defesa de Juliana a desistir de algumas testemunhas.

No último dia 5, Juliana foi a primeira a chegar, às 9h05. O carro de cor prata com placas de Teófilo Otoni (MG) em que ela chegou entrou pelo estacionamento dos juízes. A pastora estava acompanhada de seus advogados e não conversou com a imprensa. George chegou pouco depois, às 9h15, em uma viatura da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Algemado, de chinelo e usando o uniforme azul dos detentos, ele entrou pelo mesmo estacionamento e passou de cabeça baixa, acompanhado de inspetores penitenciários.

Policiais militares passaram o dia todo na área do fórum para garantir a segurança. No entanto, nenhuma manifestação foi registrada no local. No próximo dia 19, os dois pastores, Juliana e o marido, terão que retornar ao fórum.

O CASO

Na madrugada do dia 21 de abril de 2018, os irmãos Kauã e Joaquim morreram carbonizados na casa onde moravam, em Linhares. No dia 29 de maio, a Polícia Civil indiciou o pastor George Alves por duplo homicídio triplamente qualificado, duplo estupro de vulnerável, duplo crime de tortura e fraude processual (por ter alterado a cena do crime).

Em 18 de junho, o Ministério Público do Espírito Santo denunciou não apenas o pastor pelo crime, mas também a mãe dos meninos. A promotora

Rachel Tannenbaum, que à época estava à frente da 2ª Promotoria Criminal de Linhares, acusou Juliana de “conduta omissiva”. Ela acusa a mãe dos meninos de ser coautora do crime, pois teria conhecimento do risco que as crianças corriam por estarem sozinhas com George, o que caracterizaria omissão por parte da pastora.

 

 

 

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Fonte – gazetaonline

 

 

 

 

 

 

 

 

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