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CASO GEORGEVAL ALVES: Advogados abandonam o caso e justiça marca julgamento

O crime que ocorreu em 21 de abril de 2018, que teve vários desdobramentos e chocou o país, tem data marcada para receber um ponto final. Com exclusividade o site Norte Notícia teve acesso ao despacho, que mantém a decisão de levar o ex-pastor a júri popular e que marca para a primeira semana de março de 2023 para que seja realizado o julgamento.

A justiça determinou que o ex-pastor seja acompanhado por advogados públicos, após todos os advogados que já o acompanharam terem abandonado o caso. Georgeval é acusado de abusar sexualmente e assassinar os irmãos Kauã, 6 anos, e Joaquim, 3, em um incêndio criminoso na cidade de Linhares, Norte do Espírito Santo.

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Relembre:

A Polícia Civil concluiu que o ex-pastor estuprou, depois espancou e, em seguida, ateou fogo no filho e no enteado enquanto eles ainda estavam vivos. A então esposa de Georgeval e mãe dos meninos, Juliana Salles, chegou a ser presa na época porque, no entendimento da Justiça, apesar de estar viajando na noite do incêndio, ela foi omissa e sabia dos abusos que as crianças vinham sofrendo. No entanto, o juiz da 1ª Vara Criminal de Linhares decidiu por não levá-la a júri popular. Em sua decisão, o magistrado entendeu que não havia nos autos do processo provas cabais que demonstrassem que a mãe dos irmãos mortos teria sido omissa ao permitir a aproximação de Georgeval das crianças.

Na época do crime, o acusado alegou que estava dormindo, quando ouviu, pela babá eletrônica, as duas crianças chorando. Georgeval Alves disse que foi até o quarto dos dois, mas não conseguiu salvá-los.

A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros realizaram perícias na casa onde o caso aconteceu e no carro que geralmente era utilizado pelo ex-pastor Georgeval e concluiu que a versão apresentada pelo acusado era falsa. O réu está preso desde o dia 28 de abril de 2018.

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