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Câncer nos olhos mais comum em crianças pode ser detectado precocemente em exame

Foto - Freepik

Um tipo de câncer bastante desconhecido da população ganhou notoriedade após o apresentador Tiago Leifert anunciar que a filha foi diagnosticada com a doença: o retinoblastoma. Esse câncer intraocular, que é mais comum em crianças, ocorre devido a uma mutação genética. “Essa mutação pode ser herdada de um dos pais, ou pode ser também uma mutação nova que comece com o paciente”, explica o oftalmologista da Unimed Vitória Fernando Zanetti.

O especialista ensina que o câncer pode ser notado quando uma pupila fica branca no contato da luz com o olho, ou, às vezes, numa fotografia com flash. Os olhos também podem parecer estar fitando direções diferentes. Apesar desses indícios, o ideal é levar a criança pouco tempo depois do nascimento para uma consulta com o oftalmologista, visto que tumores pequenos geralmente não apresentam sinais ou sintomas e podem passar despercebidos.

A incidência do retinoblastoma é maior em crianças com menos de 4 anos. Por isso, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) recomenda: o início dos cuidados começa ainda na maternidade, onde todo recém-nascido deve ser submetido ao Teste do Olhinho (teste do reflexo vermelho) até 72 horas de vida, sendo este o primeiro passo para a detecção de doenças oculares.

A SBOP orienta ainda que, após a abordagem inicial, o Teste do Olhinho deve ser repetido pelo pediatra ao menos três vezes ao ano, nos três primeiros anos de vida da criança. Caso seja identificada qualquer anormalidade, o paciente deve ser encaminhado para consulta com oftalmologista que aprofundará a investigação.

Para ampliar a proteção da saúde ocular das crianças, recomenda-se ainda que bebês de 6 a 12 meses passem por um exame oftalmológico completo. Posteriormente, entre 3 e 5 anos, esse mesmo bebê deve ser submetido a uma segunda avaliação oftalmológica. Esses exames oftalmológicos completos são fundamentais para detecção precoce de problemas oculares que afetam a saúde ocular da população pediátrica.

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Os pais devem ficar atentos a esses cuidados e marcar uma consulta para um exame oftalmológico com seu médico de confiança. “Em caso de confirmação de diagnóstico de retinoblastoma, a criança inicia o tratamento, que depende de fatores como localização, tamanho do tumor, disseminação além do olho e possibilidade de preservação da visão”, detalha Zanetti.

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