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Barragem da Vale pode romper e atingir Rio Doce em Linhares

Mais de três anos após o desastre de Mariana, o Rio Doce corre o risco de ser atingido novamente por rejeitos de mineração, causando uma nova tragédia ambiental e humana. Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Minas Gerais, o manancial seria impactado caso ocorra o rompimento da Barragem Sul Superior, da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, na Região Central de Minas.

Caso chegue ao Rio Doce, a lama pode atingir novamente o Espírito Santo, onde o rio deságua no litoral de Linhares após passar por outros municípios da região Norte capixaba.

De acordo com informações do Estado de Minas, a Semad-MG emitiu o informe acerca do Rio Doce após a mineradora Vale alertar sobre a possibilidade de rompimento da barragem, na última semana. De acordo com a mineradora, o monitoramento da estrutura apontou para risco de rompimento de um talude que pode desestabilizar a barragem Sul Superior da mina de Congo Soco, espalhando rejeitos pela região, a partir deste sábado (18).

Segundo o órgão ambiental, a lama passaria por quatro córregos antes de alcançar o Rio Santa Bárbara, para, em seguida, chegar ao Rio Piracicaba e, por fim, ao Rio Doce, a uma distância de 195 quilômetros da barragem.

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A Semad-MG determinou que a Vale monitore os recurso ambientais da região e determine mitigação de impactos, além de manter equipes de prontidão para ação imediata. Os possíveis impactos para o meio-ambiente ainda são avaliados, mas há risco para fauna e flora da região caso haja vazamento de rejeitos, além dos corpos hídricos.

Entre as determinações da Semad à Vale estão “identificação de todas as estruturas, equipamentos e insumos existentes na direção do fluxo dos rejeitos no caso de um eventual rompimento; monitoramento das águas superficiais e subterrâneas na área impactada; apresentação de projeto de mitigação do carreamento dos rejeitos para o Córrego Barão de Cocais; além de instalação de hospital veterinário de campanha e Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), com equipes de resgate de fauna mobilizadas”.

Segundo a Semad, a lama contida na barragem tem potencial para atingir 383 hectares de remanescentes de floresta da mata atlântica, alterar a composição do solo original, afetando a fertilidade, e causar ainda impactos energéticos, pois chegaria ao reservatório da Usina Hidrelétrica de Peti, localizada a 14 km de distância da barragem.

 

Fonte – tribunaonline

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