O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, deputado Marcelo Santos, participou nesta quarta-feira, 20 de setembro, de uma importante reunião da Comissão de Minas e Energia, em Brasília, para discutir a situação dos atingidos pelo desastre com o rompimento de uma barragem da Samarco, ocorrido em Mariana, Minas Gerais, em 2015.
Na reunião, o deputado Marcelo Santos esteve acompanhado do deputado federal Messias Donato e do presidente da Comissão de Minas e Energia, deputado Rodrigo Castro. O parlamentar aproveitou a oportunidade para abordar a situação dos que foram afetados pela tragédia no território capixaba. O presidente da Assembleia Legislativa tem recebido inúmeras reclamações de pescadores e agricultores afetados pelo desastre e que têm enfrentado dificuldades em relação à burocracia, demora por parte da empresa Samarco para fazer o ressarcimento e ao baixo valor das indenizações pagas pela Fundação Renova.
“Precisamos tratar os atingidos não apenas com a frieza dos números. No Espírito Santo, temos inúmeros pescadores e agricultores enfrentando dificuldades. Pessoas que tiveram seu sustento comprometido não podem ficar sem atenção. Sabemos que está sendo feito um acordo em Brasília a respeito do desastre de Mariana, mas a tragédia aconteceu em 2015 e ainda existe muito a ser feito”, declarou o presidente Marcelo Santos.
Diante dos fatos apresentados pelo deputado Marcelo Santos, o presidente da Comissão de Minas e Energia, deputado Rodrigo Castro, vai deliberar a data da realização de uma audiência pública no Espírito Santo, com a participação da Fundação Renova e dos atingidos pelo desastre.
Desastre de Mariana – 2015
O Desastre de Mariana ocorreu em 5 de novembro de 2015 e foi a maior tragédia ambiental da história do Brasil.
O acidente foi provocado pelo rompimento da Barragem do Fundão, usada para guardar os rejeitos de minério de ferro explorados pela empresa Samarco.
O evento causou a destruição do meio-ambiente, contaminação do rio, do solo e um saldo de 19 mortos.
A Barragem do Fundão rompeu, liberando 55 milhões de metros cúbicos de lama que inundaram a cidade de Bento Rodrigues, em Minas Gerais. A tragédia resultou em danos ambientais graves ao rio Doce e afetou 39 municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo, prejudicando 1,2 milhão de pessoas. O desastre deixou um rastro de destruição, com casas soterradas, escassez de água, diminuição da pesca, impactos no comércio e turismo, e inutilização de terras para o plantio, causando sérios prejuízos à região.