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ARTIGO – Processo relacional saudável entre pais e filhos

Muitos de nós fomos criados dentro de modelos autoritários, e podemos acreditar que nossos filhos devem ser educados nessa mesma modalidade.

A ciência vem mostrando que afeto e acolhimento são os principais pilares para um bom desenvolvimento. A busca por compreensão de uma criança nos dá parâmetros educacionais mais saudáveis.

A partir do momento que tentamos entender e acolher o que a criança manifesta e o que ela quer dizer, passamos a ter uma postura mais passiva, compressiva e conseguimos nos colocar melhor nesta relação.

Portanto, é importante que seu instinto primário ao manejar o comportamento de uma criança seja o acolhimento, ao invés da repulsa, da vontade de castigar, de corrigir ou de gritar.

Muitas famílias querem a todo custo que as crianças obedeçam, que façam o que é solicitado e em muitas ocasiões ocorrem brigas que inflamam constantemente a relação familiar.

Isso distancia o vínculo, dificulta e até impede a cooperação. E então, temos famílias frustradas que estão constantemente em conflito.

Não precisamos vencer todas as batalhas ou fazer com que a criança nos obedeça a todo custo. É também muito inteligente  saber ceder em alguns momentos, saber negociar, entender que a opinião da criança é importante e deve ser respeitada. Ceder em algumas situações também é um ato de afeto, de educação e de parentalidade positiva.

A educação de crianças além de todo processo intencional envolvido nela, também é fruto da nossa relação e conexão com os filhos. A cooperação de uma criança é  uma consequência do vínculo que você tem com ela.

Investindo nesses laços, com passividade é que se conseguirá um processo educacional sólido a longo prazo.

Toda educação tem desafios, mas quando há vínculo e conexão, a criança mais facilmente outorga uma autoridade aos pais, que é o ato de reconhecer a importância naquele que fala, naquele que instrui.

A partir do momento que nos conectamos, a educação flui de maneira diferenciada porque a relação afetiva está pautada no vínculo e no respeito.

 

Maíra Ribeiro – Psicóloga infantojuvenil – CRP 16/6701.

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