A cidade de Linhares está prestes a dar um grande salto significativo em direção ao futuro sustentável com a implementação de uma usina fotovoltaica. Isso porque no dia 29 de abril deste ano, o prefeito Bruno Marianelli, na presença de alguns vereadores, anunciou o recebimento do projeto indicativo que visa a implantação de uma mega usina fotovoltaica para geração de energia solar, que servirá como fonte de energia para os aparelhos de ar condicionado que, de acordo com o prefeito, serão instalados em todas as escolas, órgãos e repartições públicas da administração do município.
Uma usina fotovoltaica é uma estrutura que converte a luz solar em eletricidade usando células fotovoltaicas, essas células absorvem a luz solar e geram corrente elétrica por meio do efeito fotovoltaico, que é a geração de eletricidade a partir da luz. Essas usinas são compostas por uma série de painéis solares interconectados, que captam a luz do sol e a convertem em energia elétrica.
Para atender a toda demanda anunciada pelo prefeito de Linhares, de acordo com especialista do ramo consultado por nossa redação, será necessário uma área de aproximadamente 40 mil metros quadrados de painéis instalados, o que equivale a cerca de 6 campos de futebol, isso, somente para produzir a energia suficiente para atender a demanda de todas as escolas. Se considerarmos que no anúncio feito pelo prefeito Bruno, o projeto irá integrar 100% do funcionalismo público, ou seja, além das escolas, os demais prédios públicos também se beneficiariam dessa energia, a área necessária deverá ser superior a 50 mil metros quadrados.
Outro ponto perguntado por nossa redação é sobre o tempo que levaria para a construção dessa estrutura, e o custo aproximado até o seu pleno funcionamento. De acordo com o especialista, por se tratar de uma área gigantesca, além de todo o tempo para elaboração do projeto, licitação e licenças, será necessário que a obra seja consorciada, pois, uma única empresa não daria conta. Para isso o especialista consultado por nossa redação estima que levaria cerca de 12 meses para que a usina pudesse de fato sair do papel, e seriam necessários mais de 20 milhões de reais para a construção dessa usina.
Esse prazo para instalação do que poderia trazer luz (literalmente) e solução para um problema antigo nas escolas do município que é a falta de climatização, pode criar também sombras de dúvidas se de fato será entregue a tempo para iniciar a climatização ainda este ano.
No vídeo ao lado dos vereadores, o prefeito apresenta o projeto indicativo e diz: “Estamos recebendo aqui hoje dos nossos vereadores, um projeto indicativo coletivo para construção de uma usina fotovoltaica. E é com muita alegria que eu digo que esse projeto já está sendo estudado e já tem um indicativo de viabilidade que vai permitir a instalação de ar condicionado nas escolas e em todas as outras repartições públicas. É por isso que eu já estou contatando a Penha a nossa secretária de educação, para que ela avalie quais as escolas já têm capacidade elétrica e estrutura civil, para começar a receber esses ar condicionados imediatamente. É assim, com muito trabalho e muito planejamento que levamos Linhares ainda há um local mais alto.”
Antes mesmo de aceitar o projeto indicativo do grupo de vereadores, também no mês de abril, os vereadores Roninho Passos (PODE) e Tarcísio Silva (PSB) já haviam apresentado um projeto de lei, com parecer favorável da CCJ da câmara, onde determina que a prefeitura de Linhares, instale em todas as salas das Escolas e Unidades de Ensino Público Municipal, um sistema de climatização, dentro de padrões ideais para os locais que demandem atividades de dispêndio intelectual e atenção constantes.
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Nós procuramos a prefeitura de Linhares para ter acesso ao projeto apresentado pelos vereadores, o indicativo de viabilidade afirmado pelo prefeito e o número de escolas e repartições públicas que irão receber esses aparelhos de ar condicionado, bem como, a avaliação das escolas que já têm capacidade elétrica e estrutura civil para receber esses aparelhos.
Mas mais uma vez o município deixa a população sem resposta.