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ABSURDO – Contêineres substituem escola e atendimento clínico em Linhares e Prefeitura não responde. Veja vídeos da indignação dos pacientes

No município de Linhares, no Espírito Santo, cuja arrecadação ultrapassa a casa de um bilhão de reais anuais, e sempre que precisa, ganha um reforço com empréstimos milionários pedidos pelo prefeito  e autorizados pelas maioria dos vereadores, vive a triste realidade com a falta de estrutura e investimento adequado na educação e na saúde. 

Esses descasos tem levado a situações preocupantes e precárias. Recentemente, chamou a atenção o caso da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) José Modeneze, no bairro Canivete, onde há mais de um ano os alunos são obrigados a estudar em contêiner, evidenciando a falta de espaços adequados e dignos para o aprendizado. Além disso, o acolhimento para atendimento clínico no Hospital Geral de Linhares (HGL) também ocorre em um contêiner, onde as pessoas são obrigadas a aguardar atendimento embaixo de uma tenda improvisada do lado de fora e muitos sentados no chão.

Na tarde desta segunda-feira (10/07), a equipe do Norte Notícia esteve no Hospital Geral de Linhares (HGL) e viu de perto o sofrimento de quem precisa de atendimento médico. 

Um dos pacientes falou com o N. N sore da situação. Veja: 

Pacientes que chegaram às 10 horas, e já passava das 14h30 e ainda não haviam sido atendidos. A da dona Jane e mais duas pacientes estavam nessa situação. Assista o vídeo. 

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A dona Lucimar, idosa de 69 anos de idade, estava aguardando atendimento sentada em uma espécie de banco de cimento, sem encosto, totalmente sem condições de uma idosa aguardar atendimento. Ela estava nesta situação há mais de uma hora e não havia sido atendida, outro paciente desabafou com o N.N. Acompanhe… 

A população reclama dessas e de tantas outras falhas da administração. Logo após noticiamos a falta de estrutura para que as crianças estudarem de forma digna, recebemos mais comentários de leitores: “A situação das escolas é alarmante. É inadmissível que os alunos, em pleno século XXI, tenham que se contentar com ambientes inadequados e desconfortáveis para estudar. O container, utilizado temporariamente em situações emergenciais, não deve ser uma solução permanente para a falta de infraestrutura educacional. É um desrespeito aos estudantes, professores e nós pais de alunos. A educação é um direito fundamental de todas as crianças e jovens, e é responsabilidade do poder público garantir espaços adequados para o aprendizado.” afirmou uma mãe

Da mesma forma, a situação no setor da saúde também é preocupante. As pessoas simplesmente se acostumaram a passar pelo HGL, ver um container e uma tenda e achar normal. O fato de o atendimento clínico no HGL ser realizado em um container e as pessoas precisarem aguardar embaixo de uma tenda expõe a fragilidade do sistema de saúde e a falta de investimentos adequados na infraestrutura hospitalar. Nossa equipe esteve no HGL e o que ouvimos foram diversas reclamações: “É uma falta de respeito com os pacientes, que merecem um ambiente adequado e seguro para receberem o atendimento necessário.” disse uma senhora enquanto aguardava atendimento médico.

As senhoras Marlucia Pereira e Janaina, ambas moradoras do bairro Linhares -5, fizeram questão de falar com o N.N e mostrarem suas indignações com o caos da saúde em Linhares. Veja vídeo.

Essas situações refletem a falta de prioridade dada pela prefeitura à educação e à saúde em Linhares. A população de Linhares merece uma educação de qualidade e um sistema de saúde eficiente, tendo em vista a capacidade financeira que o município tem para que essas áreas sejam prontamente atendidas. 

Demandamos a prefeitura de Linhares para saber por que a estrutura de container que foi montada provisoriamente para atender a emergência sanitária da pandemia da Covid-19 se encontra estabelecida praticamente de forma definitiva, e se existe a previsão da construção de uma estrutura de cobertura em alvenaria para substituir a tenda provisória, mas, mais uma vez o prefeito preferiu o silêncio como resposta para os moradores. 

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