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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – Esposa é agredida e denuncia o esposo

Ainda era madrugada. Eram 4 horas quando ela decidiu falar o que estava em seu coração. Explicou que não queria mais o divórcio, desde que pudesse viver em paz. Disse que tinha planos e queria construir um futuro ao lado do marido. Porém, as palavras de amor deram lugar à violência. Com o corpo ferido e a alma destroçada, uma auxiliar de serviços gerais, de 47 anos, se encheu de coragem e decidiu que a agressão que sofreu nesta quarta-feira (27) seria a última. Após 27 anos de um casamento, ela esteve na Delegacia Regional de Linhares pela manhã e denunciou o marido, de 51 anos.

A auxiliar contou que pediu a separação há algumas semanas. “Fui até a Defensoria Pública para pedir a separação, mas ele não apareceu para assinar. Nossos filhos nunca quiseram nossa separação e eu decidi repensar. De madrugada, comecei a conversar com ele sobre nosso casamento. Eu falei que queria viver com ele, mas não da forma que ele me tratava. Meu marido me trata de forma ignorante, é agressivo. Mas agora ele foi longe demais, atingiu o limite”, explicou.

Durante a conversa, a auxiliar de serviços gerais disse que queria um futuro ao lado do marido. “Simplesmente ele falou: ‘Vai alugar o ouvido de outro’ e me deu um murro no rosto. Fiquei tonta e escarrei sangue. Percebi que ele ia me lançar escada abaixo, mas acho que ele ficou com receio de acontecer algo com ele, então me puxou e me jogou na cama. Fiquei deitada e ele me deu vários chutes. Estou muito machucada no tórax”, detalhou a vítima.

Um tempo depois, quando o marido saiu de perto, a vítima tomou uma atitude. “Sai de casa e fui à rua pedir ajuda. Ainda era madrugada e fui a uma viação de ônibus. Um motorista me orientou a procurar a delegacia, vim andando sozinha quando outro motorista parou e me ofereceu carona. Eu estava bastante tonta quando bati na porta da delegacia. O policial disse que estava sozinho e não podia fazer a busca pelo meu marido, ele orientou a ir a um orelhão e fazer uma ligação para chamar a Polícia Militar”, afirmou.

BUSCAS

Segundo a vítima, uma viatura da PM foi com ela até sua casa. “Mas meu marido não estava mais lá. Acho que foi para o trabalho. Então voltei para a delegacia, registrei o boletim de ocorrência e peguei o pedido para o exame de lesões corporais”, contou.

IDAS E VINDAS

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O relacionamento entre a vítima e o marido é repleto de idas e vindas, de acordo com ela. “Na primeira agressão, ele me furou no braço com um garfo. Isso já faz muitos anos. Na época separamos porque não dava para viver assim. Mas depois voltamos e isso não se repetiu mais. Fomos morar em outro bairro e tivemos uma convivência boa, mas depois vieram os desentendimentos. Eu sempre o aconselhava, mas chegou num ponto que não tem como continuar”, destacou.

E continuou: “Ele sempre me agrediu de forma verbal, colocava vários defeitos em mim, no meu corpo, falava nomes horríveis. Por conta disso eu comecei a ficar deprimida, mas quis insistir no casamento. Ele não vai mais chegar perto de mim! Não é a primeira vez que ele me bate”, lamentou.

POLÍCIA CIVIL

Procurada, a Polícia Civil informou que a vítima fez o requerimento de medida protetiva e foi encaminhada para realização de exames de lesão corporal. Até o momento, o suspeito não foi preso. O caso seguirá sob investigação da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Linhares.

Quem tiver qualquer contribuição para a identificação de suspeitos pode colaborar com a polícia por meio do Disque-Denúncia (181) ou pelo site disquedenuncia181.es.gov.br.

 

Fonte – gazetaonline

 

 

 

 

 

 

 

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