O novo comandante do Segundo Batalhão do Corpo de Bombeiros Militares de Linhares, Tenente Coronel Ferrari, perito de incêndio e perito encarregado do caso dos irmãos Joaquim e Kauan que morreram carbonizados em Linhares explicou como funciona a perícia por parte do Corpo de Bombeiros e como ela atua em conjunto com a perícia da Polícia Civil num caso como esse.
Um exemplo dado por Ferrari diz respeito aos vestígios do incêndio encontrados nos corpos, situação que pode ser detectada pela Polícia Civil e auxiliar na perícia do Corpo de Bombeiros.
“Um exame do legista pode informar se há vestígios de fuligem no pulmão, mas tem outros tipos de exame. Se o legista consegue alcançar uma porção de sangue no corpo, pode detectar se a pessoa respirou monóxido de carbono no incêndio, ou seja, se ela estava viva ou não no momento do sinistro”, explica.
Entrevista concedida ao Folha vitoria
A perícia dos bombeiros, por sua vez, agrega à da Polícia Civil porque mostra o foco inicial do incêndio. “Se começou em um aparelho elétrico, é bem possível que não tenha havido interferência humana, a não ser que a gente detecte isso no aparelho. Mas se o foco inicial não tem nenhuma fonte de calor e a gente confirmar como origem, isso nos leva a uma ação humana”, demonstra o comandante.
Fonte folha vitoria