Mesmo com os aumentos de casos do coronavírus nas últimas semanas, há outro desafio que não dá para esquecer: o combate ao mosquito da dengue. Esse inimigo é bem mais visível e, de certa forma, mais simples de evitar o contágio: basta manter os quintais limpos e evitar o acúmulo de água em recipientes.
O aposentado Victor Hugo Vervloet, de 88 anos, segue à risca as dicas repassadas pela agente de combate à endemias Lucimar Fraga. Ela faz visitas periódicas nas residências para orientar os moradores sobre os cuidados com o mosquito aedes aegypit: “Olhamos os pratinhos de planta, caixa d’água, quintal, ralos de banheiro e outros locais, para saber se há risco de proliferação do mosquito.
A casa do seu Victor é exemplo para todos. Ele cuida sozinho das plantas e do quintal. As garrafas estão organizadas em local longe de acúmulo de água e o quintal é sempre limpo pelo aposentado: “Se cada um cuidasse da sua casa, dos recipientes que podem acumular água, não teríamos problemas com o mosquito da dengue”, destacou.
O seu Victor está certinho. A melhor maneira de evitar a dengue é a prevenção: Descartar o lixo da forma correta, tampar qualquer recipiente que contenha água e limpar o quintal. Pneus, pratinhos de planta e a bandeja da geladeira devem ser limpos periodicamente para evitar o acúmulo de água parada.
São ações simples que podem evitar uma doença fatal. O objetivo é evitar que as fêmeas aproveitem desses locais para colocar os ovos e ocorra a proliferação do mosquito. Sem mosquito, sem dengue.
O uso de inseticidas e outros produtos químicos para conter o avanço do mosquito da dengue além de causar danos à saúde humana e animais, só consegue eliminar os mosquitos adultos. Na fase ovo, larval e pupa do inseto, os produtos químicos não fazem efeito. E para piorar, um ovo de aedes egipyt pode sobreviver a mais de um ano em lugares secos, aguardando a chuva chegar para se desenvolver.
Dengue é ameaça constante – Não tem jeito. Com o tempo chuvoso ela é sempre um perigo. O mosquito da dengue aproveita o tempo úmido e quente para se reproduzir e encontra no verão o reduto perfeito para se proliferar. Com isso aumentam as chances de causar uma epidemia.
Fique atento aos principais sintomas da dengue: febre alta, dor de cabeça, dor nos olhos, dores nas articulações, nos músculos e muito cansaço. Também é comum náuseas, falta de apetite, dor abdominal, podendo até ocorrer diarreia e vermelhidão na pele. Ao apresentar alguns desses sintomas, procure o médico imediatamente.
De acordo com o assessor de Vigilância em Saúde Antônio Firme, um dos tipos mais preocupantes da doença é a hemorrágica: “A dengue hemorrágica é a mais perigosa e acomete mais as pessoas que já pegaram a doença em sua forma clássica, geralmente mais branda”.
Fonte – Secom PMJN