Nos últimos anos, o aumento de escorpiões em áreas urbanas tem se tornado uma preocupação crescente para autoridades de saúde pública e moradores das cidades brasileiras. Com a expansão das áreas urbanas e a degradação ambiental, esses aracnídeos venenosos estão se adaptando e proliferando em ambientes antes considerados seguros.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de casos de picadas de escorpiões no Brasil tem aumentado significativamente. Em 2023, foram registrados mais de 150 mil casos, um aumento de 20% em relação ao ano anterior. Os estados do Nordeste e Sudeste são os mais afetados, com destaque para Minas Gerais, São Paulo e Bahia.
Os escorpiões são animais noturnos, buscando abrigo durante o dia em locais úmidos e escuros, como entulhos, lixo acumulado e até mesmo dentro das residências, em calçados e roupas. Esse comportamento os torna uma ameaça silenciosa e difícil de detectar, aumentando o risco de acidentes, especialmente em áreas com infraestrutura precária e falta de saneamento básico.
Os sintomas de uma picada de escorpião podem variar desde dor intensa e inchaço local até sintomas mais graves como náuseas, vômitos, dificuldades respiratórias e, em casos extremos, insuficiência cardíaca. Crianças, idosos e pessoas com problemas de saúde preexistentes estão mais vulneráveis aos efeitos tóxicos do veneno.
Especialistas recomendam uma série de medidas preventivas para reduzir o risco de picadas. Entre as ações sugeridas estão a manutenção da limpeza de quintais e terrenos baldios, evitando o acúmulo de entulhos e lixo, a vedação de frestas e buracos em paredes e portas, e a inspeção cuidadosa de roupas e calçados antes de usá-los. Além disso, é essencial a conscientização da população sobre a importância de buscar atendimento médico imediato em caso de picada.