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Em debate candidato Carlos Manato chama pandemia de farsa, Casagrande reage: “É impressionante porque, pelo o que eu saiba o senhor é médico”

Foto: Carlos Alberto Silva/Rede Gazeta

Carlos Manato (PL), candidato ao governo do Estado do Espírito Santo, afirmou durante debate, ocorrido na quinta-feira (27/10), promovido pela TV Gazeta, afiliada da TV Globo no estado, que a pandemia da covid-19 “foi uma farsa”. A fala foi rechaçada por seu adversário, o governador e candidato à reeleição Renato Casagrande (PSB), que acusou seu opositor de “renegar a ciência”.

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“É impressionante porque, pelo o que eu saiba o senhor é médico”, reagiu Casagrande.

Médico por formação, Manato também defendeu o tratamento precoce contra a doença, embora a eficácia de medicamentos como cloroquina, por exemplo, jamais foi comprovada, pelo contrário, o uso do medicamento pode provocar efeitos colaterais graves no paciente, sem o devido acompanhamento e prescrição médica.

O candidato do PL colocou em dúvida o número de 17 mil capixabas que morreram em decorrência do vírus: “A pandemia foi uma farsa que vocês fizeram, se tiverem acesso ao relatório da pandemia não vão acreditar no que aconteceu”, declarou. Na sequência, criticou o secretário de Saúde do estado que “não deixava fazer tratamento precoce” na população.

Renato Casagrande disse ser “inacreditável” que um médico faça “um discurso contra a ciência”. Conforme o peessebista, Espírito Santo, e o Brasil como um todo, passou por momentos difíceis, e foi graças à ciência, com o desenvolvimento das vacinas, que conseguiu “resolver parte” da crise sanitária.

“É impressionante porque o senhor é médico e, como médico, fazer um discurso contra a ciência é inacreditável. É esse tipo de profissional, formado, que renega a ciência, que induz ao tratamento que não tem eficácia, que diz que foi uma farsa”.

“Pergunta às famílias daqueles que perderam a vida se eles acham isso uma farsa. Nós vivenciamos o pior momento, a ciência veio e resolveu em parte com a vacina”, completou, ressaltando que seu governo adotou “medidas corajosas para salvar vidas”, enquanto Manato, caso estivesse em seu lugar em meio à pandemia, “adotaria medidas covardes” concluiu.

 

*Por Tiago Minervino, para o UOL.

 

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