Crime que choca Linhares: pai é preso por manter filha em cárcere e engravidá-la; polícia investiga se outra filha também sofreu abusos
Norte Notícia
Um crime revelado nesta semana em Linhares, Norte do Espírito Santo, serve de alerta para todos: violência contra crianças e adolescentes pode estar muito mais perto do que se imagina.
A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (03/09), um homem de 36 anos, acusado de estuprar, engravidar e manter em cárcere privado a própria filha dos 9 aos 15 anos de idade. O caso veio à tona após a adolescente fugir de casa e pedir ajuda a uma vizinha, que a levou à delegacia. Hoje, a jovem está acolhida, recebendo apoio médico e psicológico, assim como o bebê de 1 ano e 7 meses fruto dos abusos.
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De acordo com o delegado Glalber da Costa Cypreste Queiroz, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), a adolescente detalhou os anos de violência que sofreu. A investigação aponta que o homem mudava constantemente de cidade – Eunápolis (BA), Aracruz, Jaguaré, Vila Velha e Linhares – para evitar suspeitas, mantendo também um filho adolescente de 16 anos em condições precárias.
A prisão ocorreu na zona rural de Linhares, em uma fazenda de café, quatro meses depois que a vítima conseguiu escapar. Uma espingarda foi apreendida.
Comunidade tem papel fundamental
O delegado ressalta que a denúncia de vizinhos foi determinante:
“Essa vizinha percebeu a situação e teve coragem de procurar a polícia. É um exemplo de como a sociedade pode salvar vidas quando não se cala diante de sinais de abuso”, destacou.
A Polícia Civil investiga agora se o suspeito também abusou de outra filha, conforme relato da adolescente. O homem possui pelo menos sete filhos, alguns ainda não localizados. A mãe das crianças enfrenta problemas com drogas e vive em situação de rua, o que deixou os filhos exclusivamente sob os cuidados do pai.
Por que este caso deve servir de alerta
Especialistas reforçam que isolamento de crianças, faltas constantes à escola, sinais de medo, fome ou negligência são indícios que não devem ser ignorados. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo Disque 100, pelo 190 (PM) ou diretamente ao Conselho Tutelar.
Casos como este demonstram que o silêncio pode prolongar o sofrimento de vítimas. A atenção de vizinhos e familiares pode ser decisiva para interromper ciclos de violência.
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